28 de março de 2025
11 anos de UPA Divinópolis
A Unidade de Pronto Atendimento 24h Padre Roberto Cordeiro Martins- Unidade de Divinópolis celebra 11 anos neste 28 de março de 2025; fundada em 2014 no bairro Ponte Funda em Divinópolis, a UPA foi criada para melhor atender a população de Divinópolis e região em casos de urgência e emergência. A unidade de Divinópolis recebe o nome Padre Roberto Cordeiro Martins, em homenagem ao saudoso Roberto, como gostava de ser chamado; nascido em 1949 na cidade vizinha, Carmo do Cajuru/Mg, e ordenado Padre aos seus 33 anos, ele se destacou em solo divinopolitano servindo nas paróquias da cidade e deu a benção à UPA, que hoje leva o seu nome. UPA-Divinópolis possui 1.800 metros quadrados construídos, atendendo média diária de 400 pacientes, contando com 7 leitos pediátricos, 35 leitos para adultos, além de leitos extras que são disponibilizados sob demanda. Atendendo além de Divinópolis, os municípios de Araújos, Carmo do Cajuru, Perdigão, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste. Com uma estrutura organizacional bem definida, com setores organizados e uma gestão centrada em uma diretoria ativa, coordenadores comprometidos e colaboradores altamente treinados, tudo é planejado em prol da humanização do cuidado, contando com uma equipe de 300 funcionários. A unidade oferece atendimentos médicos, assistência de enfermagem, procedimentos diversos, exames laboratoriais e de imagem, além de eletrocardiograma, curativos e pequenos procedimentos. Além de realizar observação com cadastro no SUS Fácil para internação hospitalar e procedimentos emergenciais avançados de suporte à vida, sempre em contextos urgentes ou emergenciais. Unidade de Pronto Atendimento em novo formato no bairro Ponte Funda Antes da fundação da UPA no bairro Ponte Funda, existia uma unidade de atendimento financiada por três municípios na Pça. Pedro X. Contijo no Centro de Divinópolis, o Pronto Socorro Regional. Cristiane Joaquim, Diretora de Atenção em Urgência e Emergência de 2011 à 2021, e atualmente Diretora de Regulação e Saúde e Urgência e Emergência da prefeitura de Divinópolis, recorda que até 2009 o pronto socorro não era habilitado no Ministério da Saúde e não possuía financiamento estadual e federal, então o município começou a organizar um movimento para habilitar o serviço, a fim de que houvesse ajuda de custo e habilitação do serviço. O Dr. Marco Aurélio Lobão, ex diretor técnico do pronto socorro de 2012 até seu fechamento em 2014, e da UPA-Divinópolis de 2014 à 2020, recorda sobre o estudo de local para receber a nova UPA, “foi feita uma análise sobre a cidade, sua população e distribuição de moradores, e se constatou que a maior densidade populacional está localizada na região sudeste, possuindo como ponto central o bairro Ponte Funda. Na época houve uma insatisfação muito grande da população, porque não entenderam o motivo por qual a UPA deveria sair do centro da cidade e ir para um bairro como a Ponte Funda. Alegavam que o novo endereço da UPA era longe, mas isso depende de onde você está localizado na cidade, pois para a maior parte da população do município, ela está mais perto do que no Centro, onde era localizada antes. E sem contar com a dificuldade de trânsito e de acesso a unidade para quem chegava embarcado através da ambulância ou automóveis que era anteriormente; na Ponte Funda isso não seria mais um problema, pois haveria um estacionamento amplo e de fácil acesso”. Cristiane relata que a UPA, possuía um formato com desenho próprio, com planta do equipamento igual para todos os municípios. Então o município se movimentou e habilitou Divinópolis junto ao Ministério da Saúde nesse novo formato de instituição e assim iniciou a construção da nova UPA. Ela ainda complementa sobre a terceirização da unidade: “Em 2012, começou o movimento de estudo de viabilidade de gestão. porque, enquanto era pronto socorro, era uma instituição de funcionários 100% efetivos, estatutários do município. Na transição para o novo formato foi feito o estudo da viabilidade de terceirização do serviço, pois sofríamos muito com a impossibilidade de contratação de médicos no formato de urgência, sendo 100% gerido pelo município, e estes profissionais deveriam ser contratados por processo seletivo e assim não havia a opção de contratar em formato emergencial. Diante de todas essas questões aderimos a terceirização da UPA desde sua fundação e optando pela terceirização integral do serviço desde 2019, sendo o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste para Gerenciamento dos Serviços de Urgência e Emergência – CIS-URG, o novo gestor desde julho de 2024”. FOTO CRISTIANE E DR.MARCO AURÉLIO Atendimentos na UPA e gestão CIS-URG A UPA funciona no sistema fast track, um fluxo de atendimento que prioriza pacientes com quadros menos complexos, agilizando o atendimento e administrando o fluxo de pacientes, de forma a identificar e tratar rapidamente pacientes. Os protocolos são bem definidos nesse sistema de atendimento. Dr. Marco Aurélio destaca sobre a chegada dos pacientes a UPA, relatando que esta depende muito de uma atenção primária e de uma estrutura no município que consiga absorver para que os pacientes que não têm situação de urgência, de emergência, sejam acolhidos nas unidades primárias. E ainda menciona que existe o problema de permanência na UPA-Divinópolis que depende da Central de Regulação do SUS FÁCIL para um leito hospitalar, ocasionando em casos onde pacientes que não têm condição de ir para casa e precisam dar seguimento no tratamento. FOTO CIS-URG Em julho de 2024, o CIS-URG assumiu a gestão da UPA-Divinópolis e o município se beneficiou significativamente com a unidade nesse formato de processo, segundo Cristiane Joaquim, que considera a gestão CIS-URG bem executada, com protocolo estabelecido, regramento e organização do serviço. Ela destaca que desde a gestão atual as queixas e problemas da unidade diminuíram consideravelmente, e faz uma observação sobre o problema quanto a permanência de pacientes “o que a gente tem hoje é um sistema fragilizado, onde nem o município e o próprio CIS-URG, tem poder de atuação. O que a gente faz é uma movimentação de gestão para minimizar as questões do sistema que é colocado em rede”. O Gerente Assistencial e Diretor Técnico da UPA desde julho de 2024, Cleverson Humberto e Marco Antônio Expedito, respectivamente, relatam que o gerenciamento do CIS-URG apresentou grande diferencial na